Covid -19

Moradores de Serrana (SP) recebem as primeiras doses da CoronaVac

Cidade do interior faz parte do projeto S, que pretende imunizar toda a população, em um teste em massa da eficácia da vacina

Por R7 17/02/2021 14h02
Moradores de Serrana (SP) recebem as primeiras doses da CoronaVac
Em projeto-piloto, moradores de Serrana (SP) recebem as primeiras doses da CoronaVac - Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Os primeiros moradores de Serrana, no interior de São Paulo, receberam nesta quarta-feira (17) a dose da CoronaVac. A cidade integra o projeto S com o objetivo de imunizar 30 mil pessoas acima de 18 anos, em um projeto-piloto que vai avaliar o efeito da vacinação em massa. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhou o início da campanha.

A aplicação da dose será feita em nove escolas do município e já tem fila de espera na manhã desta quarta. Só não serão vacinadas crianças, adolescentes, grávidas e lactantes. Segundo o governador, as 60 mil doses já estão separadas e são exclusivas para o estudo.

"Vocês estão testemunhando um momento histórico na vida da ciência. O que está sendo feito aqui atenderá a São Paulo, ao nosso país e ao mundo, já que não há estudo semelhante em execução no planeta. Foi o Instituto Butantan, que completa 120 anos, que trouxe a vacina do Brasil, que protege e salva", afirmou Doria, em coletiva de imprensa em Serrana.

Participam do programa, 500 profissionais, alguns foram contratados para a vacinação em massa. A expectativa é de que os trabalhos durem oito semanas com a aplicação das duas doses. Para facilitar a organização, o município foi dividido em quatro regiões.

O resultado da pesquisa da eficácia da vacina em barrar a propagação do novo coronavírus deve ser conhecido em 13 semanas, segundo o Instituto Butantan.

"Estamos testando também ferramentas tecnológicas que vão ajudar no combate à pandemia no estado. Todos habitantes de Serrana poderão ter no celular a Tainá, um programa que mostra o esquema vacinal, as possíveis reações adversas, os sintomas da infecção e orientação à população sobre necessidade de atendimento médico. Podemos ampliar isso para o Brasil inteiro", revelou Dimas Covas, diretor-presidente do Instituto Butantan.

A cidade foi escolhida por ser um município pequeno, mas com uma intensa circulação de pessoas. Outro estudo detectou que nenhuma cidade da região tem teste rápido disponível para covid-19 e nem liberação do resultado em 24 horas.