Política

“Cidadão não pode ser censurado” afirma Marx Beltrão em crítica ao PL das Fake News

Deputado é o coordenador da bancada alagoana no Congresso Nacional

Por Assessoria 08/07/2020 15h03
“Cidadão não pode ser censurado” afirma Marx Beltrão em crítica ao PL das Fake News
“Cidadão não pode ser censurado” afirma Marx Beltrão em crítica ao PL das Fake News - Foto: Assessoria

A Câmara dos Deputados já começou a avaliação do Projeto de Lei nº 2630/2020 apelidado de “PL das fake news”. O PL teve origem no Senado e a versão aprovada teve mudanças após as críticas de entidades da sociedade civil e especialistas, mas ainda mantém pontos controversos. O projeto foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e aprovado na forma de um substitutivo (texto alternativo) do relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA), tramitando em pouco mais de um mês e recebendo inúmeras emendas.

Em Alagoas, um dos críticos do PL tem sido o deputado federal Marx Beltrão (PSD). E as críticas do deputado aumentam o coro dos defensores da liberdade de expressão. É porque uma das principais críticas à aprovação do projeto, que foi realizada de forma remota devido à pandemia do novo coronavírus, foi a falta de debates amplos e discussões sobre seus impactos no funcionamento da internet e nos direitos de privacidade e de possível exercício de censura aos usuários das redes e da internet.

“Pessoal, ninguém aguenta mais esse caos gerado pelas Fake News. E eu defendo urgentemente a aprovação de uma legislação que ajude a combater essa epidemia criminosa de notícias falsas e desinformação. Mas a lei não pode jamais, em nenhuma hipótese, ferir a liberdade de expressão. O cidadão tem o direito de falar nas redes sem jamais ser censurado pelo que pensa.  Deixo então bem claro que não votarei a favor do PL das Fake News caso seja pautado como ele está agora. Eu defendo mudanças profundas no texto atual” disse o deputado nesta quarta-feira (08) por meio de suas redes sociais.

Pontos Controversos

O projeto é extenso e prevê uma série de regras para “evitar notícias falsas que possam causar danos individuais ou coletivos e à democracia”. Entre as medidas, estão rastreamento de mensagens encaminhadas muitas vezes em apps de mensagens (como WhatsApp e Telegram), obrigatoriedade de que provedores de redes sociais tenham sede no Brasil e a identificação dos titulares de contas “incluindo a apresentação de um documento válido”.

O projeto de lei obriga que plataformas de redes sociais excluam contas falsas, criadas ou usadas “com o propósito de assumir ou simular identidade de terceiros para enganar o público”, exceto em caso de conteúdo humorístico. Haverá limites para o número de contas vinculadas a uma pessoa, e as redes sociais precisarão viabilizar medidas para identificar contas que apresentem movimentação incompatível com a capacidade humana.