Saúde

Brasil tem 1.364 mortes por Covid-19 em 24 horas, totalizando mais de 52 mil óbitos

País tem o segundo número diário mais alto de óbitos registrado desde o começo da pandemia

Por O Globo 24/06/2020 08h08
Brasil tem 1.364 mortes por Covid-19 em 24 horas, totalizando mais de 52 mil óbitos
Brasil tem 1.364 mortes por Covid-19 em 24 horas, totalizando mais de 52 mil óbitos, informa consórcio de veículos da imprensa em boletim das 20h - Foto: Ian Cheibud

O Brasil ultrapassou, nesta terça-feira, a marca de 52 mil mortes por Covid-19, segundo o balanço divulgado às 20h, consolidado a partir dos números divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde. O país registrou 1.364 novos óbitos nas últimas 24 horas, elevando o total para 52.771. Esse é o 2º maior registro de mortes divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde em 24 horas desde o início da pandemia. O recorde anterior foi de 1.470 mortes no dia 4 de junho, segundo levantamento do G1. Nos cálculos do Ministério da Saúde, também é o segundo maior número notificado no país em um período de 24 horas — em 4 de junho, foram informados 1.473 óbitos.

Infográfico:  Números da pandemia pelo mundo

Os casos confirmados, por sua vez, já são 1.151.479, após 40.131  novos diagnósticos no último dia. 

O levantamento foi realizado por um consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. O próximo levantamento será divulgado às 8h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello. 

Nesta atualização, todos os estados brasileiros informaram suas atualizações sobre a Covid-19. São Paulo foi o estado com mais mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, com 434 novos óbitos e 7.502 novos casos. Ao todo, são 229.475 diagnósticos confirmados, com 13.068  mortes em decorrência da doença em território paulista. Em segundo lugar, o Rio de Janeiro contabilizou 220 mortes e 3.297 novos casos confirmados entre segunda e terça. No total, o estado registra 100.869 diagnósticos e 9.153 óbitos. 

O Brasil é o segundo país com maior número de casos confirmados e de mortes provocadas pelo novo coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Brasil registra 1.374 mortes, diz Ministério da Saúde

Dados do Ministério da Saúde divulgados na noite desta terça-feira indicam que o Brasil registrou 1.374 mortes de ontem para hoje.

Com isso, o Brasil chegou a 52.645 mortos pela doença, além de 1.145.906 casos de Covid-19, dos quais 39.436 foram incluídos no sistema do ministério de ontem para hoje. Segundo a pasta, 556 óbitos ocorreram nos últimos três dias. Há ainda 3.911 mortes em investigação.

São Paulo permanece como o estado com mais casos da doença, com 229.475 infectados até o momento. Em seguida vêm Rio de Janeiro (100.869), Ceará (97.528), Pará (88.646) e Maranhão (72.021).

Em relação aos óbitos, São Paulo também aparece na frente: são 13.068 no total. Seguido por Rio de Janeiro (9.153), Ceará (5.717), Pará (4.672) e Pernambuco (4.339).

Vacina candidata de Oxford contra a Covid-19 começa a ser testada no Brasil 

Os testes em voluntários brasileiros da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, contra a Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, tiveram início no último fim de semana na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A informação foi divulgada na noite de segunda-feira pela Fundação Lemann, que financia o projeto, em nota. 

Anticorpos: Coppe produz proteína para testes de diagnóstico mais precisos da Covid-19 

Os testes da vacina ChAdOx1 nCoV-19 no Brasil foram anunciados no início do mês e deverão contar, de acordo com a Unifesp, com 2 mil voluntários em São Paulo, e com outros mil no Rio de Janeiro, onde serão realizados pela Rede D'Or. Os resultados devem ser concluídos até setembro, segundo informou a AstraZeneca, farmacêutica que conduz o desenvolvimento da vacina em parceria com Oxford, no início deste mês.

Oito capitais brasileiras não estavam prontas para flexibilizar o isolamento social, aponta estudo 

Oito das principais capitais do Brasil não estavam prontas para flexibilizar as medidas de isolamento social, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Oxford publicada nesta segunda-feira (22). 

São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Goiânia, Manaus e Porto Alegre "não atenderam aos critérios da OMS, embora as políticas de resposta à Covid-19 tenham reduzido a mobilidade" dos habitantes, diz a pesquisa. 

A falta de testes em volume adequado, a ausência de um programa de rastreamento de contato para tentar conter o contágio e o déficit de informações sobre como os brasileiros devem agir se apresentarem sintomas ou se tiverem contato com pessoas que apresentarem sinais da doença são as principais deficiências, segundo os autores. 

Covid-19: OMS pede aumento da produção mundial de dexametasona 

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesu, pediu nesta segunda-feira (22) o aumento da produção mundial de dexametasona para enfrentar a Covid-19: 

—  O próximo desafio é aumentar a produção e distribuir o medicamento de maneira rápida e equitativa em todo o mundo, especialmente nos países mais necessitados. Além disso, a orientação é a de que o medicamento seja usado somente em casos graves e sob supervisão médica — afirmou o diretor-geral da OMS, em coletiva de imprensa online. 

De acordo com estudos preliminares da série Recovery, conduzidos pela Universidade de Oxford, o tratamento com corticoides pode ajudar na recuperação de pacientes graves com a Covid-19. Segundo o ensaio clínico britânico, o medicamento diminui em um terço o risco de óbito entre os internados com ventiladores mecânicos.