Política

Renan Calheiros: “O presidente prega o genocídio e a convulsão social”

Senador criticou a maneira de Bolsonaro agir diante da pandemia

Por Maurício Silva 03/04/2020 16h04
Renan Calheiros: “O presidente prega o genocídio e a convulsão social”
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) durante pronunciamento no Senado - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O senador alagoano Renan Calheiros (MDB) voltou a fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante das atitudes em relação à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O parlamentar fez os ataques na tarde desta sexta-feira (3) por meio das redes sociais e fez a seguinte declaração: “O presidente prega o genocídio e a convulsão social”. Já são mais de 50 mil mortes no mundo por conta da doença.

Renan Calheiros vem atacando a maneira como Bolsonaro age diante da pandemia. Na quarta-feira (1º) ele ironizou a rapidez com que o governo agilizou a situação dos bancos em contraponto ao coronavoucher (auxílio de R$ 600,00 para informais). O presidente sancionou o auxílio ainda na quarta-feira (1).

O congressista desta vez atacou a defesa do presidente ao isolamento vertical. “Mesmo com a explosão de casos, o número de mortes, o presidente prega o genocídio e a convulsão social. Ofensa a governadores é da índole dele, mas desprezar os cadáveres empilhados pelo mundo é sandice. Até quando Catilina? Entre o médico e o mostro, fiquem com os médicos”, postou.

Renan Calheiros vem defendo o isolamento horizontal (que prevê o confinamento da maior parte das pessoas) para conter a propagação do novo coronavírus, a medida é também defendida por profissionais da saúde, pelos governadores e pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Bolsonaro defende o isolamento vertical (que prevê o confinamento apenas dos grupos de risco).

O novo coronavírus já matou mais de 50 mil pessoas em todo o mundo e o número de casos já ultrapassou a marca de 1 milhão. A Itália é o país onde atualmente foi registrado o maior número de casos fatais, seguido da Espanha e o novo epicentro da doença são os Estados Unidos. No Brasil, já são mais de 300 mortes.