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‘Eu pedi imediatamente que a Polícia Militar impeça”, diz R. Filho sobre evento em Japaratinga

Declaração foi dada nesta quarta-feira

Por 7Segundos, com Assessoria 18/03/2020 15h03
‘Eu pedi imediatamente que a Polícia Militar impeça”, diz R. Filho sobre evento em Japaratinga
Renan Filho (MDB) - Foto: Reprodução

O governador Renan Filho foi enfático nesta quinta-feira (18) para que o evento denominado “Fogo no Parquinho Open Air”, no município de Japaratinga fosse impedido pela Polícia Militar por conta da proliferação do coronavírus (Covid-19). A organização do evento na cidade do litoral Norte tenta “burlar” o Decreto 69.501, publicado na última segunda-feira (16) no Diário Oficial do Estado (DOE), para evitar que organizadores de eventos tentem burlar a regra.

Os organizadores do “Fogo no Parquinho Open Air” ‘limitaram’ o número de pessoas para 499. O Governo do Estado anunciou como medidas de combate ao coronavírus a proibição de eventos com mais de 500 pessoas. O evento na cidade turística está agendado para os dias 28 e 29 de março.

Renan Filho foi enfático. “É fundamental a colaboração do público, porque um decreto é uma regra. Se a regra não é cumprida, não teremos os resultados esperados. O decreto impede a realização de eventos em ambiente aberto com mais de 500 pessoas. Ontem, o organizador de um evento em Japaratinga divulgou a venda de 499 ingressos, como se não fosse trabalhar ninguém nos bares, na segurança do evento. Ou seja, isso é uma burla à regra e eu pedi imediatamente que a Polícia Militar impeça a realização desse evento e de outros”, informou Renan Filho.

O governador também apelou para que outros encontros religiosos, culturais, esportivos e festivos não sejam realizados durante os próximos 15 dias, período em que vigoram, inicialmente, as medidas adotadas em Alagoas para enfrentar a Covid-19. “Qualquer tipo de aglomeração de pessoas amplia a capacidade da disseminação da doença no estado”, reforçou.

Evitar aglomerações é importante não apenas em Maceió, mas também nas cidades do interior, onde há apenas casos suspeitos em análise. O governador também pediu para que, quem puder, evite sair de casa na próxima quinzena. “Quem puder ficar em casa nesse período, é importante para correr menos risco de ser contaminado. Evitar academias, evitar transporte público muito lotado para quem pode evitar”, finalizou.

“O Estado vai ter que impedir a realização de todo tipo de eventos com mais pessoas. Quando eu falo Estado é o Estado Democrático de Direito, o governo, as prefeituras municipais, todos trabalhando juntos, com o fortalecimento da Polícia Militar, para que a gente não dê autorizações futuras e suspenda aquelas que já foram dadas”. A declaração do governador Renan Filho sobre aglomeração de pessoas, nesta quarta-feira (18), reflete a preocupação com o aumento do número de casos de coronavírus em todo o país e na região Nordeste.

“Aqui em Alagoas só temos um caso e o paciente se recupera muito bem. Mas a tendência no Brasil inteiro é de ampliação. Pernambuco, por exemplo, já registrou um aumento significativo de ontem pra hoje. Então, a gente precisa se prevenir, se cuidar, reduzir aglomerações. Tudo com serenidade, para que o efeito do surto de Covid-19 em Alagoas permita que a estrutura de saúde pública dê as respostas necessárias”, afirma Renan Filho.

“Medidas são fundamentais”

Renan Filho lembrou que, apesar da gravidade do momento, é preciso evitar o pânico. Porém, o cumprimento das medidas de contenção estabelecidas pelos governos é fundamental para evitar que o Brasil repita a situação de países como a China e a Itália. “É importante que a gente evite aglomeração e evite um surto muito rápido da doença. Porque se a doença vier com um surto muito rápido, vamos ter as dificuldades que outros países tiveram, como a China, com o contágio de muitos profissionais da saúde, médicos, enfermeiros, com dificuldade no sistema hospitalar”, lembrou.

O governador ressalta ainda que, com calma e sem entrar pânico, a população deve priorizar ficar em casa, se possível, e cuidar dos idosos e doentes crônicos, que são o grupo com maior risco de morte. “Ao redor do mundo, muitas vezes as crianças pegam essa doença, não desenvolvem sintomas, mas contaminam os mais velhos. E os mais velhos podem chegar à morte. Enfrentar a Covid-19 exige que o Governo esteja preparado e conectado com o que deve ser feito, mas que as pessoas também estejam”, finalizou.