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Aprovação de lei anti-aborto nos EUA gera novo ‘Me too’ nas redes

A democrata Hillary Clinton disse que a lei é um ataque aos direitos humanos e das mulheres.

Por Jovem Pam 19/05/2019 19h07
Aprovação de lei anti-aborto nos EUA gera novo ‘Me too’ nas redes
"Isso é uma farsa e rezo por todas essas mulheres e jovens que sofrerão graças a esse sistema", escreveu Lady Gaga no Twitter - Foto: Reprodução

Após o estado do Alabama, nos Estados Unidos, aprovar uma lei anti-aborto que diz que uma mulher só pode interromper a gravidez quando há risco de morte, a atriz e apresentadora americana Busy Philipps publicou uma mensagem no Twitter que deu início a uma campanha em prol do aborto. Lady Gaga e Hillary Clinton são duas mulheres que se manifestaram.

“Uma em cada 4 mulheres abortaram. Muitas pessoas pensam que não conhecem alguém que o tenha feito, mas #youknowme [você me conhece]. Então façamos o seguinte: se você também é uma dessas quatro, compartilhe e vamos começar a acabar com a vergonha. Use #youknowme e compartilhe sua verdade”, dizia a mensagem de Busy Philipps.

E foi assim que o novo “Me Too”, só que com a hashtag #youknowme, se transformou numa campanha a favor do aborto. Segundo o El País, em pouco mais de 24 horas, a mensagem de Philipps foi reencaminhada 8.900 vezes e teve 44 mil likes.

A atriz Milla Jovovich foi a primeira famosa a se manifestar. Ela compartilhou seu próprio caso de aborto por causa de um parto prematuro. Ela chamou as políticas anti-aborto de “bárbaras” e “misóginas”.

“Vamos levantar nossas vozes, homens e mulheres, em protesto às ações misóginas e bárbaras que os políticos estão tomando para banir o aborto”, escreveu no Twitter.

A democrata Hillary Clinton disse que a lei é um ataque aos direitos humanos e das mulheres.

“As proibições do aborto no Alabama, Geórgia, Ohio, Kentucky e Mississipi são ataques atrozes contra a vida das mulheres e as liberdades fundamentais. Os direitos das mulheres são direitos humanos. Não iremos retroceder”, afirmou.

A cantora Lady Gaga falou defendeu mulheres que são estupradas e sofrem abusos que vêm da própria família.

“Tão atroz que exclui as que foram estupradas e sofreram incesto com ou sem consentimento. Há, portanto, uma pena mais alta para o médico que realiza essas operações do que para a maioria dos estupradores? Isso é uma farsa e rezo por todas essas mulheres e jovens que sofrerão graças a esse sistema”