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Mais de 50 mil pessoas foram atendidas pelo Samu em 2018

As principais ocorrências registradas foram a vítimas de acidentes de trânsito, casos clínicos e psiquiátricos

Por Agência Alagoas 21/01/2019 15h03
Mais de 50 mil pessoas foram atendidas pelo Samu em 2018
Governo do Estado renovou toda a frota de ambulâncias do Samu - Foto: Agência Alagoas

Os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Alagoas, e das 35 Bases Descentralizadas espalhadas por todo o Estado, atenderam 54.544 pessoas em 2018. Os principais atendimentos feitos pelo Samu Alagoas foram a vítimas de acidentes de trânsito, quedas da própria altura, casos psiquiátricos, obstétricos e clínicos, como suspeitas de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e as situações envolvendo armas brancas e de fogo.

Todos os pedidos de socorro foram solicitados pelo número 192, onde durante as ligações, os médicos reguladores avaliaram e determinaram qual a melhor viatura para prestar o atendimento mais adequado para cada caso. Seja liberando Unidades de Suporte Avançado (USAs), Unidades de Suporte Básico (USBs), as equipes de Motolância ou o helicóptero, o Samu Alagoas se destacou pela eficiência e agilidade.

Entre as mais de 2.600 ocorrências de trânsito atendidas pelas equipes do Samu na cidade de Maceió, no ano passado, quem precisou ser socorrido foi Robson Gomes, 42 anos, natural de Rio Pardo (RS), que sofreu uma queda de moto, enquanto voltava do trabalho, no dia 25 de novembro de 2018, na Avenida Durval de Goés Monteiro, parte alta da capital. O rapaz relata que não lembra de muita coisa da hora do acidente, o que sabe são informações de testemunhas que presenciaram o fato.

“Eu estava voltando para minha residência, no bairro do Clima Bom, quando, de repente, o carro na minha frente começou a me ‘fechar’. Nessa hora, para não bater, puxei a moto para o lado esquerdo e comecei a perder o controle. Ainda me equilibrei por alguns metros, mas acabei batendo com a roda no meio fio da calçada”, lembra.

“A partir desse momento, não me lembro de nada, só recobrei a consciência quando os socorristas do Samu estavam fazendo a contagem para me colocar na prancha. O que me contaram é que fui arremessado da moto, bati com o lado esquerdo do corpo em uma árvore e caí no ‘canal’ que divide as duas pistas”, contou o técnico de enfermagem.

Com o impacto, o capacete do motociclista quebrou na metade, o que deixou uma pequena lesão na cabeça. Robson fraturou o cotovelo esquerdo, os dois pés e teve uma lesão nos ligamentos do joelho direito, além de algumas escoriações. O gaúcho já está em Alagoas há 18 anos, nunca tinha precisado dos serviços do Samu, mas, por trabalhar na área da saúde, sempre admirou a atividade dos socorristas e tem o sonho de um dia trabalhar da instituição.

“Só tenho a agradecer, pela atenção da equipe que me socorreu naquele dia. Foi um atendimento rápido e eficiente. Foram profissionais que me trataram de uma forma carinhosa, humanizada, sabem como tranquilizar o paciente nesse momento de angústia e estresse. No Atendimento pré-hospitalar não tem quem ‘bata’ o Samu no Brasil”, elogiou.

Orientações Médicas - Além dos atendimentos feitos no local da ocorrência, os médicos do Samu Maceió e Arapiraca também prestaram um serviço de orientação médica para aqueles casos mais simples, que não se caracterizavam como uma urgência naquela ocasião. De acordo com o major Dárbio Alvim, supervisor do Samu, foram mais de 42 mil pessoas que ligaram para o número 192 e foram orientadas sobre o que fazer em relação aos sintomas apresentados naquele momento.

“Uma boa parte da população liga para o Samu se queixando de dores de cabeça, dores articulares, gripes, quadros de diarreia, vômitos, crises hipertensivas ou alteração no nível de glicose, nesses casos não liberamos viaturas para o atendimento. Os médicos socorristas orientam essas pessoas a procurarem a unidade de saúde mais próxima, que pode ser uma UPA [Unidade de Pronto Atendimento], um dos cinco ambulatórios 24 horas de Maceió ou uma UBS [Unidade Básica de Saúde] do município”, explicou o supervisor.

Dárbio Alvim lembra que além das orientações passadas durante as ligações, existem situações, onde médico também libera a ambulância para o local da ocorrência. “Principalmente nos casos de engasgo e paradas cardíacas, os profissionais conseguem acalmar os solicitantes e, por telefone, explicam como as técnicas devem ser realizadas. Enquanto isso acontece, uma ambulância é enviada, para os socorristas prestarem o atendimento no local. Essas orientações podem salvar vidas, reduzindo complicações e evitando maiores sequelas nos pacientes”, ressaltou.

Quando acionar o 192 – As outras situações de urgência onde a população deve acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) são os afogamentos, acidentes com produtos perigosos, choques elétricos, queimaduras graves, tentativa de suicídios ou trabalho de parto onde exista risco de morte da mãe ou do bebê.