Brasil

Doria toma posse com cobrança a secretários e críticas ao PSDB

Com um discurso de renovação na política e de cobrança de resultados a seu secretariado, o tucano fez críticas a seu partido

Por UOL 01/01/2019 11h11
Doria toma posse com cobrança a secretários e críticas ao PSDB
João Doria (PSDB), 61, discursa durante sua posse como governador do estado de São Paulo em cerimônia realizada na Assembleia Legislativa, na região do Ibirapuera - Foto: Reprodução

O ex-prefeito João Doria (PSDB), 61, tomou posse nesta terça-feira (1º) como governador de São Paulo em solenidade na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), na zona sul da capital paulista.

Com um discurso de renovação na política e de cobrança de resultados a seu secretariado, o tucano fez críticas a seu partido, no comando do estado há 24 anos, e defendeu uma reestruturação na sigla --presidida pelo ex-governador e padrinho político de Doria, Gerado Alckmin. Para o governador, é preciso que o estado deixe de "pensar pequeno". "São Paulo vai mudar, agora tem comando", enfatizou.

Em tom semelhante ao adotado na campanha contra França e também à Prefeitura, em 2016, Doria enfatizou a "missão de renovar a política", mas evitou refutar, como na sucessão municipal, o aspecto político do cargo: "O recado das urnas foi claro: não há mais espaço para governos dos políticos. É preciso governar com os políticos, para o povo. É o que farei. A velha política, das mordomias, do cabide de empregos, da troca de favores, do desperdício do dinheiro público não cabe nesse sentimento da mudança", discursou.

A equipe do governador recém-empossado tem sete nomes do governo Michel Temer (MDB) --entre os quais, o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, mês passado, ante a suspeita de pagamentos irregulares por parte da JBS, de 2010 a 2016. Kassab nega qualquer irregularidade.