Política

Vítima de cyberbullyng, professor do Ifal Maragogi acusa aluno de fascismo

Professor gravou áudio relatando ataques sofridos pela internet

Por Maurício Silva 10/10/2018 09h09
Vítima de cyberbullyng, professor do Ifal Maragogi acusa aluno de fascismo
Professor se diz vítima de tentativa de ataques na internet - Foto: Reprodução / Facebook

Atualizado às 12h11

Em áudio atribuído ao professor de filosofia do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Maragogi, Renato Bittencourt, o docente diz que um aluno é fascista após ser vítima de ciberlbullyng. O filósofo afirma também que vem sofrendo ataques cibernéticos. Ele também está sendo acusado por pais de uma estudante de doutrinação ideológica-partidária e de ideologia de gênero.

Renato Bittencourt se identifica no áudio e desabafa sobre a denúncia que foi feita contra ele, o Ifal e o professor de história, identificado apenas como Carlos. O pai da adolescente procurou um escritório de advocacia para fazer uma notificação extrajudicial.

O professor de filosofia desabafou no áudio sobre a ação e acabou chamando o aluno de fascista. “Na semana passada também teve aluno fascista, que vota em Bolsonaro, tentando hackear meu perfil no Facebook. Já tentaram fazer uma espécie de cyberlbullyng comigo também. Já tentaram me difamar, a p**** toda. Eu estou compartilhando com vocês para justamente vocês ficarem em alerta”, desabafou.

Sobre o suposto crime na internet, ele disse. “Aqui a gente já está instalando uma comissão que vai apurar, para punir esses meninos. Foram dois alunos que tentaram rackear a minha conta para fazer cyberbullyng. Eles vão tomar no mínimo uma suspensão. Um já é de maior, poderia inclusive acionar a Polícia Federal e denunciar e já entrar na justiça fora do âmbito do Ifal e ainda tô estudando essa possibilidade”, contou.

O 7Segundos procurou o Ifal sobre esse assunto e a instituição enviou uma nota e ouça também o áudio do professor na íntegra:

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Maragogi, esclarece que está tomando as providências pedagógicas em relação ao caso dos professores do campus que teriam abordado conteúdos políticos-partidários na instituição. O caso foi encaminhado ao departamento acadêmico, que terá dez dias para ouvir os envolvidos no ocorrido. A direção vai montar uma comissão interna para avaliar, se de fato, ocorreu a infração pedagógica no campus. A direção do Ifal Maragogi está à disposição para os possíveis esclarecimentos.

Áudios

Atacante do ASA sub-17 Diego Lessa