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Pipas com cerol causam perigo aos moradores do município de Maragogi

Fios de energia estão cheios de linhas na cidade litorânea

Por Maurício Silva 25/09/2018 15h03
Pipas com cerol causam perigo aos moradores do município de Maragogi
Pipas com cerol ficam enganchadas na rede elétrica de Maragogi - Foto: Isac Silva/7Segundos

Uma diversão comum entre crianças, adolescentes e jovens virou motivo de preocupação para os moradores de Maragogi, região Norte de Alagoas: soltar pipa se transformou em um problema. Mas a questão que vem dando dor de cabeça não é a brincadeira em si, mas é por conta que as linhas estão com cerol (mistura de cola com vidro moído) que é aplicado nas linhas das pipas, ou papagaios como são conhecidos em outras regiões.

As linhas com cerol tem deixado a população em alerta: pois pode se tornar uma arma letal nas mãos de quem conduz o objeto, que com a aplicação do cerol se torna cortante. Além do perigo de corte, tem a questão do enrolamento da linha das pipas em fios de rede elétricas, podendo causar circuitos elétricos.

Técnicos da Eletrobras Distribuição Alagoas fizeram no conjunto Adélia Lira há meses atrás um grande desembaraçamento de uma porção de linha com cerol em redes elétricas da localidade que é conhecida também como “Grota”. As pipas tornaram-se comuns também em Maragogi no Conjunto Evangélico, Alto da Boa Vista, Praça dos Cabanos, praias e outros lugares da cidade turística.

O grupamento do Corpo de Bombeiros de Maragogi informou que o uso do cerol é muito perigoso e há casos que pode ocasionar até decapitação e lesões sérias devido ao uso do produto nas linhas.  Os militares recomendam também que em caso de redes elétricas, o responsável pela pipa nunca deve tentar retirar o material dos fios devido às consequências de choques e curto-circuito.

As pipas são soltadas principalmente por crianças e adolescentes. A conselheira tutelar Thaysa Matos informou que o Conselho Tutelar de Maragogi nunca recebeu denuncias sobre esses casos. “O que pode acontecer é se houver uma denuncia, a gente notifica os pais ou responsáveis para que tome as medidas legais. Primeiro advertimos, e em caso de reincidência, encaminhamos para o Ministério Público”, informou.