Turismo

Impacto no turismo do Norte de AL ainda é incerto, avalia pesquisadora

Para Manuela Kaspary, limpeza de praias são as melhores ações de curto prazo

Por 7Segundos, com Assessoria 23/10/2019 14h02
Impacto no turismo do Norte de AL ainda é incerto, avalia pesquisadora
Manchas de petróleo invadiram praias de Japaratinga - Foto: Assessoria

Os impactos das manchas de petróleo no turismo de cidades do Norte de Alagoas ainda são incertos, segundo avaliação da professora e pesquisadora do curso de Hospedagem do Instituto Federal de Alagoas, Manuela Kaspary. “Para o setor hoteleiro, esse problema das manchas é uma preocupação, uma vez que a alta temporada está batendo à porta, mas não sabemos ainda como isso vai impactar a questão da economia e dos empregos na região”, analisa.

Para ela, as ações mais eficazes para evitar prejuízos à economia e ao meio ambiente estão sendo feitas por voluntários em mutirões organizados por moradores de cidades onde há praias atingidas pelo óleo, como Maragogi e Japaratinga. “O que já está sendo feito por hotéis, pousadas, secretarias municipais, órgãos ambientais, moradores e ONGs para limpar as praias, precisa de continuidade”, disse Manuela Kaspary, que participou de um grupo de 30 voluntários do Instituto Federal de Alagoas, campus Maragogi, na retirada de manchas em Peroba, logo que elas começaram a chegar à cidade.

Conforme a professora, órgãos públicos e entidades privadas, como conselhos ligados ao turismo e meio ambiente e rede hoteleira, precisam se reunir para avaliarem como está a situação atual do turismo na região após a chegada de manchas de petróleo às praias e planejarem ações de médio e de longo prazo para o setor. “Talvez criar uma oferta turística, como explorar mais nosso lado ecoturístico e cultural. Temos também que pensar em estratégias para trabalhar a imagem, que chega a ser comprometida”, concluiu Manuela Kaspary, que está concluindo doutorado sobre os efeitos do turismo em populações pesqueiras.

A secretária municipal de Turismo, Thereza Dantas, também comentou a questão do turismo. “É cedo para mensurar o impacto. Impacto houve, mas durante aquelas semana houveram alguns cancelamentos e desistências, alguma preocupação natural em todo o Brasil, o Nordeste inteiro passou por isso. Mas eu acredito que a gente já conseguiu contornar isso e já voltamos as atividades normais. Maragogi não para todo mundo quer sempre vir pra cá, a cidade fica sempre cheia. Mas ainda não deu para mensurar o impacto”, declarou.

Mutirão nas praias – Empresários, turistas, Instituto Federal de Alagoas, moradores da região e prefeitura de Maragogi estão atuando juntos na coleta de manchas de petróleo, que chegaram a Maragogi desde o dia 16 desse mês. As ações de limpeza são organizadas por redes sociais e aplicativos de troca de mensagens. Os grupos de coleta de revezam em vários pontos da cidade. Na terça-feira (22), o Grêmio Paulo Freire, do campus Maragogi, fez a retirada de resíduos em trechos da praia de Peroba, onde está localizada sede do Instituto.

Pesca - Os pescadores do município de São Miguel dos Milagres disseram que por enquanto o desastre ambiental ainda não afetou a atividade na cidade turística da Rota Ecológica.

Ambulantes - Os ambulantes de Maragogi disseram que o impacto ainda não foi sentido no setor, pois, as vendas são feitas muito para os nativos da cidade de Maragogi.