Política

“Bolsonaro continua pensando que vai governar por decreto”, dispara Renan Calheiros

Senador também criticou que o Coaf fique nas mãos de Sérgio Moro

Por Maurício Silva 09/05/2019 09h09
“Bolsonaro continua pensando que vai governar por decreto”, dispara Renan Calheiros
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) durante pronunciamento no Senado - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O senador alagoano Renan Calheiros (MDB) voltou a criticar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) e ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. As críticas foram feitas durante sessão no Senado na noite desta quarta-feira (8). Os ataques foram feitos em relação a flexibilização do porte de armas a 18 categorias e sobre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Na opinião do parlamentar, o presidente Bolsonaro comete dois novos equívocos: afrouxar o acesso às armas por decreto e entregar o Coaf nas mãos de Sérgio Moro. Para Renan Calheiros, o ex-juiz federal já se declarou um político.

Sobre o decreto que flexibiliza o porte de armas a 18 categorias, o senador disparou. “O presidente Bolsonaro continua pensando que vai governar o Brasil por decreto. Isso é um retrocesso maior do que aconteceu na Ditadura Militar. Os decretos do Bolsonaro, eles têm eficácia imediata. Isso é um absurdo! O Congresso não pode concordar com isso”, afirmou.

Sobre o Coaf, o parlamentou primeiro comentou. “Esse órgão é muito importante. A transparência que se quer no Brasil e o combate permanente à corrupção, instrumentalizado por esta casa (Senado) e pela Câmara dos Deputados. O Brasil foi o país que mais disponibilizou nos últimos anos leis de combate à corrupção”, ressaltou.

Em seguida as críticas foram diretas a Sergio Moro. “A única coisa que não pode haver no Coaf é um controle político. Já pesa sobre o ex-juiz Moro e atual ministro da Justiça acusações que ele foi parcial na condução da operação Lava Jato. De que condenou sem prova. De que exagerou na utilização de medidas cautelares. Ele próprio declarou que é um político. Tudo que o Coaf não precisa é a condução de um político”, disparou.