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Ifal abre processo administrativo para investigar condutas de professores

Docentes são acusados de doutrinação ideológica-partidária e de gênero

Por Maurício Silva 10/10/2018 14h02
Ifal abre processo administrativo para investigar condutas de professores
Direção do Ifal investiga conduta de dois professores - Foto: Isac Silva/7Segundos

O diretor do Instituto Federal de Alagoas, campus Maragogi, Dárcio Camerino, informou nesta quarta-feira (10) que a instituição abriu um processo administrativo para avaliar se os professores de filosofia e história estão fazendo doutrinação ideológica-partidária e de gênero na instituição do litoral Norte do Estado.

O pai de uma aluna revelou que a filha vem sendo vítima de bullyng por parte de alguns alunos por conta das aulas do professor de filosofia Renato Bittencourt. Neudson Cunha comentou que a filha estava chorando bastante nos últimos dias por conta do fato na instituição pública. O professor chegou a dizer em um áudio que um aluno é fascista por votar no candidato à Presidência, Bolsonaro e se diz também vítima de cyberbullyng.

Na ação, advogado Jadilson Brito disse há uma pré-disposição por parte de alguns docentes, no sentido de propagar, ensinar e influenciar os alunos, ainda menores, sem o devido conhecimento e vigilância dos pais, assuntos como ideologia de gênero e de cunho partidária, fazendo sempre ênfase de forma insidiosa a conceitos de partidos de esquerda e uma pública apologia ao Partido dos Trabalhadores (PT).

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal), esclareceu em nota que está tomando as providências pedagógicas em relação ao caso dos professores do campus que teriam abordado conteúdos políticos-partidários na instituição. O caso foi encaminhado ao departamento acadêmico, que terá dez dias para ouvir os envolvidos no ocorrido. A direção vai montar uma comissão interna para avaliar, se de fato, ocorreu a infração pedagógica no campus.

Dárcio Camerino informou também que dentro da sala de aula o professor tem autonomia, mas que fora disso, a responsabilidade é dele e que cada um responde por suas palavras. O outro professor envolvido no caso é o de história Carlos Filgueiras. Em entrevista ao 7Segundos, os docentes negaram a acusação.

O diretor Dárcio Camerino esteve na rádio Maragogi FM nesta terça-feira (10) concedendo uma entrevista sobre o caso. Também participaram da entrevista com o radialista Marcos Menino, o advogado Jadilson Brito; o pai da garota Neudson Cunha; a promotora Francisca Paula de Jesus e o pastor da Assembleia de Deus, Ednilson Barbosa.